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Convenções partidárias vão oficializar candidaturas, chapas e coligações para a disputa de outubro nas urnas.

Opinião

21/07/2022

Cartas quase todas na mesa

Desde ontem (20), está aberta uma etapa crucial do calendário eleitoral: a das convenções partidárias, em que são oficializadas candidaturas, chapas e coligações para a disputa de outubro nas urnas.

Até o dia 5 de agosto, quando se encerra o período das convenções, ainda haverá muita coisa para acomodar. Dos principais grupos que se lançarão na campanha, apenas o liderado pela governadora Fátima Bezerra (PT) está com a chapa já definida — ela vai de Walter Alves (MDB) como candidato a vice e Carlos Eduardo (PDT) como candidato a senador.

Nome do Solidariedade na corrida pelo Governo, Fábio Dantas ainda não tem um(a) vice para chamar de seu(sua). Apesar de tudo apontar para o ex-prefeito de Assu, Ivan Júnior, como futuro ocupante da vaga, ainda não há a palavra final do União Brasil sobre a questão. Para o Senado, já está mais que sacramentado: o nome é o do ex-ministro Rogério Marinho (PL).

Há também a tendência do senador Styvenson Valentim ingressar na disputa, como o próprio vem sinalizando em seu estilo dúbio de expressar posicionamentos. Fiel a este “método”, vai estender a indefinição até o último dia do prazo, 5 de agosto, data em que o Podemos, sua sigla, marcou sua convenção. Já andou dizendo que sua decisão depende até do aval da sua mãe.

O certo é que, últimas incertezas à parte, nos próximos 15 dias todas as cartas estarão dispostas no tabuleiro, dando a largada efetiva para a campanha em seguida.

É quando o jogo vai começar para valer.

Quebrando a banca

Ainda neste momento de realização das convenções partidárias, atrai a atenção do meio político o deputado federal Rafael Motta (PSB). Ele aposta alto ao manter sua postulação ao Senado. Chega a esta hora mostrando disposição para seguir sozinho, sem aliança com nenhum outro partido ou nome na eleição majoritária. O PSB potiguar ainda não confirmou a data da sua convenção.

A fila andou

As informações que vêm do PSB são de que, a esta altura dos acontecimentos, não há mais margem para um recuo de Rafael Motta. Ou seja, para que ele volte suas baterias a fim de tentar renovar o mandato como deputado federal. As bases eleitorais do pessebista, segundo essas informações, já estariam associadas a outros candidatos proporcionais do partido. Como o ex-deputado Henrique Eduardo Alves.

Primeira da lista

Quem não quis saber de esperar foi Clorisa Linhares. Homologou logo no primeiro dia do calendário das convenções sua candidatura ao Governo pelo PMB. É, portanto, a primeira candidata oficial no pleito potiguar. Se será a primeira nas urnas, já é outra história. 

Nada de novo no muro

Nesta quinta (21), será a vez do PSDB fazer sua convenção estadual. Para surpresa de ninguém, vai homologar sua posição neutra na eleição majoritária. O presidente Ezequiel Ferreira Filho comanda um partido rachado. Ele próprio é aliado da governadora Fátima Bezerra e vai seguir assim, levando consigo outros deputados estaduais. Mas tem outra ala de deputados, com José Dias, Tomba Farias e Gustavo Carvalho à frente, que são oposição. Tucanos, agora em sistema de federação com o partido Cidadania, vão na linha do “cada um por si”.

União previsível

Também sem nenhuma novidade a decisão do União Brasil de entregar ao ex-senador José Agripino a condução dos destinos da sigla na eleição majoritária estadual. Ou alguém acreditava que não seria ele o líder desse processo?

Letra morta

O senador Jean Paul Prates (PT) entrou nesta quarta (20) com um pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Alega que o titular do Planalto cometeu fake news sobre o sistema eleitoral na já tristemente famosa reunião do início de semana com os embaixadores estrangeiros. Com o do parlamentar, já são 144 pedidos protolocados no Congresso contra Bolsonaro. Sem nenhum sinal no horizonte de que algum deles vá dar um passo sequer.

Força jovem

Cresce a participação dos jovens no eleitorado, pela primeira vez desde 2010 e de forma recorde. Influenciadores digitais chegaram a fazer campanha, estimulando o alistamento eleitoral dos que têm 16 e 17 anos. É uma faixa sobre a qual não pesa a obrigatoriedade de tirar título de eleitor. Mas que indica com seu movimento o desejo de se posicionar nas urnas. 

Tô nem aí

O MDB vai mesmo rachado para a corrida presidencial. Embora tenha a senadora Simone Tebet (MS) como candidata própria na disputa pelo Planalto, uma ala importante da sigla, composta principalmente por lideranças do Nordeste, vai dar apoio ao ex-presidente Lula. O presidente estadual do MDB, Walter Alves, e o ex-senador Garibaldi Filho estão nessa. 

Por delegação

Gripado, Garibaldi, aliás, delegou ao ex-senador Eunício Oliveira (CE) a tarefa de representá-lo na reunião promovida no início da semana, quando os emedebistas de 11 Estados anunciaram a sua adesão diretamente ao próprio Lula. Vão levar esse posicionamento para a convenção nacional do partido.

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