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Opinião

26/02/2025

“Prosperidade Verde” no Nordeste aponta liderança do Brasil até 2050

 

   Segundo relatório sobre indústria verde mundial divulgado recentemente pela Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, coloca o Nordeste em evidência nas projeções até 2050.

     O estudo, que contou com a participação de dois brasileiros, destaca o potencial da região para o que denomina “prosperidade verde”, fundamentada na transição energética (substituição gradativa dos combustíveis fósseis pelos renováveis).

     A publicação, com versão em português, aponta o Brasil como um dos quatro países que mostram mais potencial para desenvolvimento e liderança de uma indústria verde, ao lado de China, Estados Unidos e Rússia.

     Conduzido pelo Net Zero Industrial Policy Lab (NZIPL), vinculado à universidade, o levantamento teve a participação dos brasileiros Adriana Mandacaru Guerra e Renato Henrique de Gaspi.

     De acordo com a publicação, a abundância de recursos renováveis, as reservas de minerais críticos e a base industrial existente podem colocar o Brasil (e a região Nordeste) entre os líderes da transição energética do século 21.

      Minerais críticos, que incluem as denominadas terras raras, são elementos químicos fundamentais à transição energética. Estão em componentes dos ímãs, turbinas eólicas, painéis solares, baterias, visores de TVs e de celulares, além de motores de veículos elétricos.

      O estudo avalia o panorama tecnológico e político do Brasil em sete setores críticos para a economia verde global projetada para 2050, destacando vantagens competitivas, áreas para desenvolvimento e a necessidade de políticas públicas direcionadas e baseadas em dados.

    São eles: minerais críticos, baterias, veículos elétricos híbridos com biocombustíveis, combustíveis sustentáveis para aviação, produção de equipamentos para energia eólica, aço com baixo carbono e fertilizantes verdes.

“O Brasil é um dos líderes globais no setor de energia eólica, sendo classificado como terceiro maior mercado do mundo”, afirma Adriana Mandacaru.

    A pesquisa cita investimentos estrangeiros e nacionais na região Nordeste. “A China está investindo na produção brasileira com uma série de fábricas de baterias e veículos elétricos da BYD e da GWM e expandindo a presença da Goldwind, a maior fabricante de turbinas eólicas do mundo.”

 Os clusters tecnológicos que estão sendo criados atualmente em torno das energias renováveis e da manufatura verde, informa o relatório, precisam de trabalhadores especializados e instruídos. “Isso exigirá um plano dedicado para treinar a força de trabalho brasileira com o objetivo de aproveitar o enorme potencial do país e posicioná-lo como líder na geopolítica da transição energética.”

 SAIBA MAIS

O estudo da Universidade Johns Hopkins cita o Mapa do Trabalho Industrial elaborado pela   a Confederação Nacional da Indústria (CNI), que estima a necessidade no Brasil de 14 milhões de pessoas para atender à demanda por trabalhadores formais na indústria verde.

     “Isso pode ser um desafio, já que o Brasil tem uma das menores matrículas em educação e treinamento vocacional (VET, na sigla em inglês) entre todos os países membros e parceiros da OCDE”, aponta o estudo mundial.

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