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Opinião

19/09/2022

Embriaguez no trânsito dispara em 80% em 2022 e vem aí os drogômetros

    Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o número de pessoas flagradas dirigindo alcoolizadas nas rodovias federais brasileiras cresceu 80,7% no primeiro semestre deste ano, na comparação com igual período em 2021.

   Foram 8.647 autuações de janeiro a junho de 2022, contra as 4.784 do ano passado.

  O número de motoristas que bebem e dirigem é bem maior. A recusa em se submeter ao teste de alcoolemia mais que triplicou: 7.268 infrações em 2021 contra 22.781 no primeiro semestre deste ano, um crescimento de 213%.

 “Na prática dá para somar tudo. Não faz sentido que alguém que não bebeu se recuse a fazer o teste, o que se busca é evitar responsabilidade administrativa e criminal, mas felizmente as sanções legais são as mesmas para positividade e recusa”, revela o especialista em Medicina do Tráfego e diretor científico da Associação Mineira de Medicina do Tráfego (Ammetra), Alysson Coimbra.

    Quem recusar o teste de alcoolemia comete infração gravíssima, paga multa de cerca de R$ 3 mil e tem a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa por 12 meses.

   Tentar impedir que o policial comprove imediatamente a embriaguez não livra o motorista de perder o direito de dirigir por um ano, nem de responder criminalmente pelo ato. 

   "Vale lembrar que a constatação de sinais de embriaguez no ato da abordagem e até o exame clínico, feito por um médico, podem ser usados para comprovar o crime. Ao longo dos anos a legislação vem sendo aprimorada para salvar vidas e punir criminosos que bebem e dirigem", explica Coimbra.

SAIBA MAIS

 

    O uso de drogômetros está em estudo pela PRF e Ministério da Justiça.   Em 2021 foram colhidas 8.997 amostras de saliva de motoristas nas rodovias federais.

    Foram testados quatro dispositivos diferentes para detectar a presença de maconha, cocaína, anfetaminas e metanfetaminas.

    Essas amostras foram analisadas em laboratório e, segundo o Ministério da Justiça, “os equipamentos conseguiram identificar as substâncias psicoativas que eram objeto dos testes de forma esperada, dentro dos padrões de sensibilidade e especificidade aceitos internacionalmente”.

    O Ministério considerou os equipamentos testados adequados para a atividade policial, mas ainda não há prazo para que essa fiscalização comece nas rodovias.

   O relatório final do projeto piloto está sendo elaborado pelo Hospital das Clínicas de Porto Alegre (HCPA), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

 

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