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Beatriz Leão
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Wilson Correia teve sua casa e outros nove imóveis, todos de sua família, derrubados na tragédia em 2014.

Política

13/07/2022

Vítimas dos deslizamentos em Mãe Luiza têm auxílio reduzido pela metade

Em um cenário em que vários produtos e serviços aumentaram o preço no país e com a inflação (IPCA) acumulando alta de 11,89% nos últimos 12 meses, as famílias vítimas dos delizamentos que ocorreram no bairro de Mãe Luiza, em 2014, passam por dificuldades para se manter e sustentar a família após a redução do benefício de R$ 1.200 para R$ 600. 

De acordo com a Secretaria Municipal de Habitação, Regularização Fundiária e Projetos Estruturantes (SEHARPE) a Lei Municipal n° 6473, que garantia o auxílio moradia no valor de R$ 1.200 para as vítimas da tragédia foi revogada. Com isso, os moradores de Mãe Luiza migraram para serem amparados pelo benefício eventual, conforme a Lei 7.205/21, que regulamenta o aluguel social no valor de R$ 600, dentro da Política Nacional da Assistência Social.

De acordo com os moradores, as famílias foram pegas de surpresa quando ocorreu a migração para o aluguel social no valor de R$ 600, em fevereiro deste ano. Para eles, a quantia tem sido insuficiente para pagar os aluguéis, principalmente quando somados as contas de água e luz. Esse é o caso de Marineide dos Santos, que corre até o risco de ser despejada.

Já a comerciante Ana Maria Alves não passa pelo risco de desepejo, contudo também concorda que o aluguel social não tem suprido o que deveria. 

O também comerciante Wilson Correia teve sua casa e outros nove imóveis, todos de sua família, derrubados na tragédia em 2014. Ele conta que a diminuição do auxílio foi muito prejudicial, tendo em vista que a mãe é idosa e precisa de um espaço com acessibilidade o que geralmente demanda um maior gasto com alguel.

Além disso, ele ressaltou que algumas famílias não conseguiram fazer o cadastro junto a Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social (Semtas) e estão sem receber o aluguel social, enquanto outras estão recebendo o pagamento atrasado.

Matéria relacionada: Após mais de 8 anos, vítimas de deslizamentos em Mãe Luiza permanecem sem casas.

Por: Beatriz Leão.

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