O número de delitos contra mulheres triplicou entre 2020 e 2021 no Brasil, de acordo com o Painel de Dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH), saltando de 271.392 para 823.127 registros. No Rio Grande do Norte, o aumento de casos também chama a atenção.
A prática dessa violência, porém, não tem como vítima unicamente as mulheres e produzem efeitos preocupantes sobre seus filhos e demais familiares. Segundo a psicóloga Adriana de Oliveira Melo (CRP 173494), que integra o Sistema Hapvida em Natal, tanto quem sofre como quem presencia as cenas são vítimas da violência doméstica.
“As crianças e adolescentes por exemplo, que muitas vezes presenciam as inúmeras violências praticadas pelo agressor, podem desenvolver traumas, prejuízos à saúde mental e transtornos como depressão, ansiedade, comprometimento no desenvolvimento social, comportamental, emocional e cognitivo, além de declínio preocupante no rendimento escolar. Tudo por causa desse ambiente familiar inseguro”, explica a psicóloga.
O indivíduo que vive nesse lar, aponta Adriana, pode sofrer impactos emocionais manifestados de modo comportamental, como o abuso de substâncias, a dificuldade de sono, transtornos alimentares e problemas com autoestima e autoimagem, em razão da intensidade e da continuidade de eventos estressores.
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