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Marco Neto
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Produção de queijos artesanais ocorre principalmente na Região do Seridó potiguar.

Economia

13/10/2022

Queijeira da Agência Sebrae na Festa do Boi demonstra a produção de queijo artesanal

A produção de queijos artesanais e outros derivados do leite está sendo demonstrada na queijeira modelo instalada na Agência Sebrae Festa do Boi, até o próximo sábado (15) no Parque Aristófanes Fernandes, em Parnamirim. Diariamente um queijeiro potiguar transforma litros de leite in natura em queijos de coalho e manteiga, além de manteiga do sertão e doce de leite feitos artesanalmente. As oficinas são ministradas pela manhã e no final da tarde e é feita uma degustação dos produtos pelos participantes ao final de cada oficina, com explicações técnicas e sobre o processo de produção.

Tradição secular, a produção de queijos artesanais no Rio Grande do Norte ocorre principalmente na Região do Seridó, onde está concentrada a maior bacia leiteira do estado, e em outros municípios norte-rio-grandenses, que têm uma grande importância no escoamento da produção do leite proveniente das pequenas propriedades rurais.

O analista técnico do Sebrae-RN, Pedro Alexandro Medeiros, afirma que a demonstração da queijeira modelo na Festa do Boi tem como maior propósito desmistificar a regularização das queijeiras artesanais instaladas no interior, após a implementação da Lei Nivardo Melo, a lei estadual dos queijos artesanais. A queijeira foi montada num padrão com base no que determina a lei, tanto do ponto de vista do projeto arquitetônico, como dos equipamentos indispensáveis às boas práticas de fabricação. “Essa queijeira permite-nos ressaltar a importância dos queijos artesanais do RN para a economia do estado e valorizar cada um desses queijeiros que estão produzindo no dia a dia de forma profissional e dentro dos padrões de qualidade exigidos pelo mercado consumidor”, explica Pedro.

Segundo Pedro Medeiros muitos queijos produzidos e comercializados no estado do Rio Grande do Norte já estão em processo de adequação dos produtos à legislação sanitária estadual para a obtenção do certificado do Idiarn. “Estamos com uma perspectiva muito próxima de que os nossos queijeiros possam atender às exigências da legislação nacional e consigam comercializar para todo o Brasil”, avisa o gerente da Agência Sebrae Seridó Ocidental, em Caicó. No Rio Grande do Norte existem 39 queijeiras, das quais 24 são artesanais e em processo de regularização em conformidade com a Lei Nivardo Melo.

Equipamentos necessários

O diretor da Seta Consultoria, Hélio Andrade, credenciado pelo Sebraetec, explica que a regularização da atividade do queijo produzido de forma artesanal é algo essencial para o fortalecimento do setor produtivo. “A Lei Nivardo Melo permite ao pequeno produtor que tira entre 100 e 300 litros de leite por dia, podendo chegar até 2 mil litros/dias que é considerada uma queijeira artesanal, fazer uma pequena produção de queijos artesanais para atender ao mercado estadual”, afirma. Hélio Andrade lembra que com a nova legislação e suas regulamentações, é possível montar uma queijeira padrão com R$ 60 mil numa estrutura de 20 metros quadrados, composta por três ambientes: recepção, sala de produção e a de embalagem. Neste investimento estão incluídos os equipamentos, dentro dos padrões exigidos pelos órgãos de fiscalização sanitária municipal ou estadual.

Todo o projeto técnico de queijeira padrão é submetido à análise do Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do Rio Grande do Norte – Idiarn para a posterior execução, dentro das normas estabelecidas pela legislação estadual. O registro do estabelecimento é obtido após a vistoria dos técnicos do Idiarn, que concedem o registro dos produtos como queijos artesanais e outros derivados do leite. Dentre os equipamentos indispensáveis a uma queijeira modelo, estão um tanque de recepção de leite, que também serve para a coagulação.

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