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Elisa Elsie
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Opinião

11/11/2022

Protagonismo do RN na agenda energética leva Fátima à COP27

Experiência será compartilhada no painel Mudando os Caminhos do Desenvolvimento, na 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas
 

O protagonismo do Rio Grande do Norte na transição energética, o compromisso do atual governo com o desenvolvimento sustentável, a luta em defesa da democracia e da participação das mulheres na política e na gestão pública, credenciaram a governadora Fátima Bezerra a participar da 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas que será realizada neste mês de novembro no Egito. O convite para que ela integre a delegação de autoridades políticas brasileiras na COP27 foi feito pelo Instituto Alziras, organização sem fins lucrativos, sediada no Rio de Janeiro. O nome do instituto é uma homenagem à norte-rio-grandense Alzira Soriano, primeira mulher a vencer uma eleição no Brasil e primeira prefeita eleita na América Latina. Alzira governou o município de Lajes/RN por quase 22 meses, a partir de janeiro de 1929.

 

As COPs (Conference of the Parties”, em inglês), as mais importantes iniciativas sobre ação climática no mundo, reúnem anualmente representantes de diversos países para negociações de acordos climáticos visando a redução das emissões de gases do efeito estufa no planeta.

 

Em parceria com os Instituto Clima e Sociedade (ICS), Governos Locais pela Sustentabilidade (ICLEI), Grupo C-40 de Grandes Cidades para a Liderança do Clima (C-40) e Centro Brasil Clima (CBC), o Alziras está elaborando uma programação especial para fortalecer a presença de mulheres políticas latino-americanas no evento da ONU. A programação prevê, entre outras atividades, a participação em painéis no pavilhão do Euroclima e no Brazil Climate Action Hub, voltados a agendas de mudanças climáticas e transição energética justa, além de reuniões bilaterais com autoridades internacionais.

 

Fátima vai participar, no dia 16, do painel Mudando os Caminhos do Desenvolvimento, com foco numa transição justa da matriz energética. "Nos últimos anos, o Rio Grande do Norte vem contribuindo significativamente para a transição energética baseada em um sistema de baixo carbono, adotando como meta prioritária em seu planejamento energético e estratégico, a expansão das fontes renováveis e a redução da participação de fontes de origem fóssil", destaca a governadora.

 

Fátima lembra que no Rio Grande do Norte, o modelo tradicional de exploração simples dos recursos naturais, com forte impacto ao meio ambiente, vem sendo substituído por modelos de exploração associados à preservação ambiental. Atualmente, 94% de toda a energia produzida no RN é proveniente de fontes limpas e renováveis. 

 

O Rio Grande do Norte é o maior gerador de energia eólica do Brasil e da América Latina com 224 usinas em operação, correspondendo a 6.8 GW de potência instalada que, somadas a outras usinas em construção e aos empreendimentos já contratados, possibilitará ao Estado atingir a marca de mais de 12 GW de potência instalada até o final de 2025, o equivalente a capacidade instalada da Usina de Itaipu, maior hidrelétrica em operação no Brasil, responsável por 10% da energia consumida no País.

 

Com o objeto de diversificar suas fontes e contribuir ainda mais para a ‘descarbonização’ da matriz energética, o Governo do Rio Grande do Norte está incentivando o desenvolvimento de novas fontes de geração e o armazenamento de energia, com especial atenção para o hidrogênio verde e a energia eólica offshore. Atualmente, oito projetos de parques eólicos no mar estão em processo de licenciamento tramitando no Ibama.

 

Esta será a segunda participação de Fátima Bezerra em eventos climáticos promovidos pelas Nações Unidas. No ano passado, na COP26, ela foi uma das expositoras do painel "O Nordeste Brasileiro e o Potencial da Transição Energética Justa no Brasil".

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