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Opinião

21/06/2023

Profissionais de saúde compartilham orientações para proteger pessoas e pets durante o período junino

Incidência de queimaduras por fogos de artifícios, acendimento de fogueiras e preparo de comidas típicas aumenta nesta época do ano

 

Em virtude das festas juninas e das brincadeiras que envolvem rojões e outros fogos de artifício, é preciso ter cuidado com o manuseio desses artefatos. Crianças não devem manusear fogos de artifício sem uma supervisão restrita, mesmo que já tenham feito isso outras vezes e por mais que pareça inofensivo.

 

De acordo com a professora do curso de Enfermagem da Universidade Potiguar (UnP), Suziane Andrade, mesmo os “chumbinhos”, os “traques de massa” e as “cobrinhas” também merecem observação rigorosa, pois além de queimaduras, podem causar alergias respiratórias.

 

“Quando se trata de fogos de artifício, todo cuidado é pouco. Além de sempre seguir as instruções do fabricante, nunca se deve carregar bombinhas nos bolsos, acender próximo ao rosto e é importante ainda evitar associar a brincadeira das crianças com fogos, ao uso de bebida alcoólica pelo adulto responsável”, alerta.

 

Mesmo se precavendo, acidentes podem acontecer. Nesses casos, é importante observar alguns cuidados. “Em caso de acidentes que resultem em queimaduras, a recomendação é lavar apenas com água limpa corrente. Se for uma queimadura grave, lave com água, cubra com gaze molhada na água fria e leve para a emergência mais próxima”, explica a especialista.

 

As queimaduras causadas por fogos de artifício, acendimento de fogueiras e até por preparo de comidas típicas podem ser de primeiro, segundo e terceiro graus. As de primeiro grau são as mais leves e afetam apenas a camada superficial da pele, enquanto as de segundo grau atingem a camada mais profunda da pele e podem formar bolhas. Já as de terceiro grau são as mais graves, pois atingem as camadas mais profundas da pele e podem afetar tecidos e ossos.

 

“Ao sofrer uma queimadura é preciso tomar alguns cuidados e evitar algumas situações, como tocar a queimadura com as mãos, furar as bolhas, tentar descolar tecidos grudados na pele queimada, retirar corpos estranhos ou graxa do local queimado, colocar manteiga, pó de café, creme dental ou qualquer outra substância que não seja água”, lembra Suziane.

 

Cuidados com os pets

Os animais de estimação também demandam cuidados específicos de seus tutores a fim de evitar que sofram acidentes no período junino. Para o preceptor do curso de Medicina Veterinária da UnP, Johnatan Henrique dos Santos, o principal cuidado com os pets, para que possa evitar queimaduras e acidentes com fogos de artifício, é não permanecer com eles próximo aos locais onde estarão as fogueiras e as brincadeiras com os artefatos.

 

“Mesmo após serem apagadas, o solo onde as fogueiras ficam ainda permanecem quentes e podem levar a queimaduras nas patinhas dos pets. Além da audição dos animais, que é extremamente aguçada, por isso os ruídos das bombas juninas são mais intensos, podendo desencadear reações de fuga e pânico, levando a acidentes diretos com as fogueiras, além de acentuar a possibilidade de descompensar pacientes cardiopatas ou com outras doenças crônicas”, complementa.

 

Em situações que os animais de estimação se envolvam em acidentes com queimadura, o médico veterinário orienta a envolver o animal com uma toalha molhada e buscar atendimento profissional. “Em situação de dor intensa os animais têm uma hiper reação, na maioria das vezes, instintivamente, podem morder ou arranhar acidentalmente”, explica.

 

“Então, se seu pet sofreu uma queimadura, o primeiro passo é ir até o local que ele se recolheu, cobri-lo com uma toalha úmida, lavar a região com água fria e o quanto antes levá-lo a um hospital veterinário para que ele possa ser avaliado e tratado corretamente”, aconselha Johnatan.

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