Oferecimento:
logo
Example news

Opinião

22/09/2022

O “fator Mossoró” na campanha de 2022

A ex-governadora Rosalba Ciarlini entrou para valer na campanha para o Governo do Estado. Não para tentar voltar ao cargo que ocupou entre 2011 e 2014. Ela confirmou na manhã desta quinta-feira (22) que subirá no palanque de Fátima Bezerra (PT).

Não chega a ser uma aliança inédita. As duas já estiveram eleitoralmente juntas em 2014, quando a “Rosa” apoiou a então eleição da petista para o Senado. 

De todo modo, a união não deixa de causar espécie, pois tanto a ex quanto a atual governadora militaram em campos políticos diametralmente opostos. Mas, sabem como é, a política produz milagres em romarias para as urnas. Ninguém é de ferro, nem tem convicções impermeáveis.

Fato é que a subida de Rosalba em seu palanque beneficia Fátima Bezerra, faltando 10 dias para os potiguares elegerem quem vai governar o RN a partir de 2023. De tabela, ganha também Carlos Eduardo (PDT), a opção de Rosalba e seu grupo na disputa pelo Senado.

Muito embora a ex-governadora não tenha mais a força política que deteve em outros tempos, seu apoio está longe de ser desprezível. Ela segue exercendo liderança política relevante no segundo maior colégio eleitoral do Estado, com influência estendida a municípios da região Oeste.

Agora, é medir o impacto da sua entrada na sucessão estadual. Fátima Bezerra e Carlos Eduardo torcem para que esse impacto reflita, em Mossoró e região, o que prega o nome de sua coligação: O Melhor Vai Começar.

Por eliminação

Há semelhanças nas opções que Rosalba Ciarlini e o prefeito de Natal, Álvaro Dias (PSDB), fizeram na disputa para o Governo do Estado. Não nos nomes de seus candidatos, claro. Ambos, porém, acabaram decidindo seus governadoráveis por falta de opções.

Fator local

Em Natal, Álvaro escolheu Fábio Dantas (SDD) há pouco mais de uma semana, após passar os últimos meses sem demonstrar muita simpatia por essa decisão. Em Mossoró, Rosalba também tem diferenças com Fátima e o PT, mas, como líder política local, não podia ficar indiferente ao apoio do prefeito e rival Allyson Bezerra (SDD) para o correligionário. São escolhas que fazem agora, porém com reflexos em 2024.

Tóxico

Em comum nas escolhas de Álvaro e Rosalba, também está Styvenson Valentim (Podemos). Nunca passou pela cabeça de nenhum dos dois algum tipo de aliança com o senador que tenta chegar ao Governo. O diálogo de ambos com Styvenson, e vice-versa, é zero.

Mais um

A exemplo do Ministério da Defesa, o Tribunal de Contas da União (TCU) quer se prestar à verificação das urnas eletrônicas. Seria muito bom que o TCU tivesse o mesmo rigor pela sua própria eficácia na fiscalização do uso dos recursos públicos. Ganharia muito mais o Brasil.

Conta outra

Ao ser questionado sobre a checagem que pretende fazer no sistema eleitoral, o TCU se apressou em negar que queira fazer uma “apuração paralela”. Em comunicado, garantiu que a conferência dos boletins proposta é mais uma etapa na auditoria geral das eleições que o órgão realiza.

Federais na frente

O volume do fundo eleitoral repassado para a campanha em todo o Brasil escancara o que já se desconfiava: os partidos estão voltando suas principais estratégias para eleger o maior número possível de deputados federais. À exceção de PT e PL, que têm os dois principais concorrentes ao Palácio do Planalto, a ordem nas legendas é garantir significativa representação na Câmara dos Deputados.

Fundo generoso

A primeira prestação de contas feita pelos partidos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revelou gastos superiores a R$ 2 bilhões com campanhas de deputado federal. Um aumento de quase 50% na comparação com a eleição de 2018. E equivalente a quase metade de todo o já polpudo fundo eleitoral reservado para este ano, de R$ 5,7 bilhões.

Investimento direto

A lógica para essa extrema valorização dos candidatos a deputado federal é primária. Quanto maior a bancada na Câmara dos Deputados, maiores as verbas que os partidos recebem, tanto do fundo partidário (anualmente) quanto do fundo eleitoral (de dois em dois anos). Em outras palavras, o que as siglas estão fazendo é investimento puro. Aplicam muito dinheiro agora para receberem mais lá na frente.

Última chamada

Esta quinta (22) é o último dia para o eleitor requisitar segunda via do título eleitoral. Há opções e muitas facilidades para quem não tiver o documento conseguir votar assim mesmo. Até mesmo usar o RG ou, para quem preferir o título mesmo, emiti-lo diretamente no portal do TSE na internet, no campo “Imprimir o título eleitoral”. Está aqui o link: www.tse.jus.br/eleitor/autoatendimento-do-eleitor#/

Videocast

Podcast