Com a greve dos pilotos e comissários chegando ao quarto dia os cidadãos enfrentam atrasos em voos de seis aeroportos brasileiros. Os tripulantes cruzam os braços por duas horas diariamente desde a segunda-feira, sempre das 6h às 8h, para reivindicar aumento real dos salários e melhores condições de descanso.
Segundo o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), a greve continua enquanto os tripulantes esperam uma proposta das companhias aéreas que atenda suas demandas.
No último fim de semana, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) apresentou uma proposta de renovação da Convenção Coletiva de Trabalho da aviação regular, que previa reposição de 100% da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), mais aumento real de 0,5%. O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) aceitou a proposta, mas o SNA, que pede aumento real de 5%, a rejeitou, optando pela greve.
Os tripulantes apontam que o movimento ocorre "tendo em vista os altos preços das passagens aéreas que têm gerado crescentes lucros para as empresas". Por determinação do TST, a greve pode atingir somente 10% dos funcionários das empresas. O sindicato afirma que a determinação está sendo cumprida e o movimento ocorre dentro da legalidade.
Em nota divulgada na última terça-feira (20), o SNEA afirma que o preço das passagens aéreas foi fortemente impactado por conta da pandemia e que houve aumento dos custos para as companhias - as quais, segundo o sindicato patronal, acumulam prejuízo.
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