Com os jogos da Copa do Mundo e a chegada dos festejos de fim de ano, animais ficam mais suscetíveis
Você já deve ter observado como o barulho provocado pelos fogos de artifício causa medo e incômodo nos animais de estimação, sobretudo cães e gatos. No mês de dezembro, especialmente este ano com os jogos da Copa do Mundo, a incidência de fogos aumentou e é muito importante proteger o seu pet.
De acordo com o tutor de Práticas Veterinárias do curso de Medicina Veterinária da UnP (Universidade Potiguar), Johnatan Henrique dos Santos, o fator desencadeante de medo aos animais é a capacidade auditiva. Os cães, por exemplo, conseguem ouvir frequências até 40.000 Hz, enquanto os humanos têm a capacidade de captar frequências até 20.000Hz.
“Isso significa que, para os animais, o ruído dos fogos é bem mais potente do que para nós. Se para algumas pessoas já é assustador nesse volume, imagine com essa maior sensibilidade que é natural dos cães”, explica Johnatan.
Ele ainda exemplifica que outro tipo de reação acontece quando há uma condição de saúde limitante do pet, como uma doença cardíaca. “Pacientes portadores de cardiopatias podem descompensar e vir a óbito por causa da crise de pânico”, frisa.
O especialista alerta que não existe um padrão na forma como esse barulho excessivo afeta os pets. Segundo ele, varia de acordo com cada animal, idade e se tem doenças pré-existentes que desencadeiam desde uma reação de fuga dentro de casa, que é o mais comum de ser presenciado, até mesmo uma fuga para vias públicas.
Nestas horas, durante essa busca desenfreada por um local seguro, os pets podem sofrer lesões e traumas, se chocando com móveis e paredes, e até correm o risco de sofrer atropelamento. Por isso, é tão importante que os tutores dos animais estejam atentos.
Cuidados podem diminuir o impacto dos fogos
Organizar um local seguro para o pet, como retirar móveis que possam servir de obstáculos e causar traumas durante a fuga, é um bom começo.
“No mercado, é possível adquirir algumas bandagens como a tellington touch que podem ajudar a acalmar os pets. O tutor pode colocar tampões nos ouvidos, como gaze ou algodão, para reduzir o volume do ruído e até se utilizar de calmantes naturais e fitoterápicos como florais”, aconselha o médico veterinário.
“Também pode ser uma ferramenta adicional, em casos mais delicados, outros medicamentos utilizados para mantê-los calmos e reduzir os danos, mas isto após passar por uma avaliação de um médico veterinário, haja vista que cada caso precisa ser analisado individualmente”, acrescenta Johnatan Henrique.
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