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Pediatra do Sistema Hapvida alerta que a dieta da mãe pode influenciar na incidência de cólicas do bebê.

Brasil

11/08/2022

Conheça os mitos e verdades sobre a alimentação da mãe durante amamentação

Mesmo considerado o alimento mais completo para os bebês, o leite materno também é tema de muitas dúvidas, mitos e preconceitos que resultam no desmame precoce. Um dos assuntos mais discutidos sobre o tema é a alimentação da mãe durante o puerpério e as suas implicações na produção do leite e na incidência de cólicas no bebê.

De acordo com o pediatra do Sistema Hapvida Raphael Barros, a verdade é que não existe comprovação que alguma comida ou bebida aumente ou reduza a produção do leite materno. O que interfere mesmo na produção, segundo ele, é a quantidade de vezes que o bebê mama no peito ou quanto mais a mãe esvazia as suas mamas. Ou seja, o que realmente importa para manter a produção em alta é amamentar o bebê sob livre demanda. 

“Sempre que ele quiser ou que a mãe perceber que ele está com fome, deve-se oferecer o peito sem marcar hora e amamentar várias vezes durante o dia e a noite, quando for necessário”, diz o especialista.

Já sobre as cólicas, o pediatra do Sistema Hapvida afirma que a dieta da mãe pode sim influenciar na sua incidência. “É importante não exagerar no consumo de alimentos que causam gases, como feijão, ervilhas, nabo, brócolis ou couve-flor. Além disso, o consumo de leite também pode acabar causando cólicas, pois o intestino ainda em formação do bebê pode não tolerar a presença da proteína do leite de vaca”, explica ele.

O médico orienta, que para se ter uma alimentação saudável, o ideal é consumir o máximo possível de alimentos in natura, como frutas, legumes e verduras em preparações ou receitas feitas em casa. “Os alimentos ultraprocessados, feitos pela indústria, que vem nas caixinhas ou embalagens, prontos para aquecer, tem muito sódio e devem ser evitados”, adverte o médico.

Raphael Barros reforça que o leite materno, além de saciar a fome, contribui para a melhora nutricional da criança, reduz a chance de obesidade, hipertensão e diabetes, diminui os riscos de infecções e alergias e possibilita um efeito positivo na inteligência e no vínculo entre mãe e bebê.

A importância da amamentação para o pleno desenvolvimento das crianças é tema da campanha Agosto Dourado, criada em 1992 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Dados dessas instituições revelam que cerca de seis milhões de vidas são salvas todos os anos por causa do aumento das taxas de amamentação exclusiva no primeiro semestre de vida. 

No Brasil, conforme levantamentos da OMS, apenas 39% dos bebês são amamentados com exclusividade até os cinco meses de vida.

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