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País obteve 6,49 pontos na avaliação, que analisa a qualidade democrática em 167 nações.

Política

03/03/2025

Brasil cai seis posições no Índice de Democracia 2024, aponta EIU

O Brasil caiu da 51ª para a 57ª posição no Índice de Democracia 2024, divulgado pela Economist Intelligence Unit (EIU). O país obteve 6,49 pontos na avaliação, que analisa a qualidade democrática em 167 nações. Segundo o relatório, a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de bloquear a rede social X foi um dos fatores que contribuíram para essa queda.

“O acórdão não só tem um efeito inibidor sobre a liberdade de expressão, mas também abre um precedente para os tribunais censurarem o discurso político, o que poderia influenciar indevidamente os resultados políticos”, afirma a pesquisa.

A análise também destaca a elevada polarização política no Brasil, que teria levado à politização das instituições e ao aumento da violência política. O relatório menciona ainda as investigações do STF sobre desinformação e ameaças a ministros da Corte, especialmente por grupos de direita.

Outro ponto citado é a revelação de novos detalhes sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado nas eleições de 2022 contra o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ministros do STF. O estudo sugere que esse episódio demonstra uma baixa adesão das Forças Armadas às leis.

Metodologia e classificação

A EIU elabora o Índice de Democracia anualmente há 19 anos, avaliando os países com base em cinco critérios:

  • Processo eleitoral e pluralismo
  • Funcionamento do governo
  • Participação política
  • Cultura política
  • Liberdades civis

Cada categoria recebe uma pontuação de 0 a 10, gerando uma nota final que classifica os países em quatro categorias:

  • Democracia plena (acima de 8 pontos)
  • Democracia imperfeita (entre 6 e 8 pontos)
  • Regime híbrido (entre 4 e 6 pontos)
  • Regime autoritário (igual ou inferior a 4 pontos)

Atualmente, 25 países são classificados como democracias plenas, um a mais do que em 2023. O número de democracias imperfeitas caiu de 50 para 46. Os regimes híbridos passaram de 34 para 36, enquanto os regimes autoritários subiram de 59 para 60.

A Noruega lidera o ranking pelo 15º ano consecutivo, com 9,81 pontos, seguida por Nova Zelândia (9,61) e Suécia (9,39).

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