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Opinião

05/09/2024

A alimentação da criança com transtorno do espectro autista e câncer

Patrícia Lino - Nutricionista Casa Durval Paiva - CRN 35921

O tratamento contra o câncer é a coisa mais importante de se fazer nos pacientes que descobrem a doença. Além do tratamento com medicação, é importante ter um acompanhamento psicológico. Por um lado, se o tratamento coloca esperanças na vida do paciente sobre como ele pode vir a melhorar, a doença, por outro lado, mexe muito com a saúde da pessoa. Não só os aspectos físicos, mas também emocionais. O câncer é uma doença que deixa qualquer um abalado e o seu tratamento é bastante exaustivo.

Com relação à alimentação, a literatura tem mostrado que há três aspectos marcantes registrados: recusa, seletividade e indisciplina. Estas características limitam a variedade de alimentos que pode levar as crianças a certas carências nutricionais, além de uma inadequada e desregular alimentação. 

Há alguns estudos sobre alimentação do autista desenvolvidos, porém, ainda não há consenso entre os pesquisadores, por isso, sugere-se a necessidade de maiores e novas investigações sobre os fatores que influenciam a eficácia de qualquer intervenção alimentar com essas crianças.     As atuais abordagens dietéticas recomendam evitar ou eliminar os agentes possivelmente causadores de TEA, tais como aditivos alimentares (conservantes, corantes, adoçantes artificiais), pesticidas, organismos geneticamente modificados, e alto consumo de açúcar e alimentos refinados.

Estes devem ser substituídos, na medida do possível, por uma dieta orgânica, sem aditivos químicos e com alto consumo de alimentos frescos e in natura (vegetais, frutas, nozes, sementes, proteínas animais, etc.). Para seguir esse padrão alimentar, recomenda-se a adoção dos 10 passos para uma alimentação adequada e saudável, apresentados pelo Guia Alimentar da População Brasileira.

Ao adotar tais intervenções dietéticas, é importante se atentar para o risco de excluir determinados itens alimentares, visto que pacientes com autismo já exibem padrões alimentares seletivos e exigentes. Assim, todo o contexto do paciente autista deve ser levado em consideração. 

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